Gheorghe Hagi (Săcele, 5 de fevereiro de 1965) é um ex-futebolista romeno,
atualmente atuando como treinador.
Se a perna esquerda de Gheorghe Hagi pudesse cantar, talvez tivesse a classe de Luciano Pavarotti.
Se pintasse, faria quadros como Pablo Picasso. Se fizesse filmes, teria a particularidade de Pedro Almodóvar. Como não tinha
tanta versatilidade, Hagi se limitava a fazer golaços, como contra a Colômbia, na Copa de 94. Batia faltas com precisão milimétrica.
E dava lançamentos de 40 metros com extrema facilidade. E isso estava longe de ser pouco.
O maior jogador romeno do
último século, vice-líder em convocações para a seleção, craque em três Eurocopas e mais três Copas do Mundo, foi um artista
da bola. Hagi iniciou sua história no futebol passando por dois clubes pequenos de seu país até chegar ao Steaua Bucareste,
em que disputou uma final e mais outra semifinal da Liga dos Campeões em duas temporadas consecutivas. Hagi teve ali, provavelmente,
o ápice de sua trajetória em clubes.
Com as camisas dos rivais Real Madrid e Barcelona, intercalados pelo Brescia,
não passou de um desempenho discreto. Chegou à Turquia em 96, após fracassar com a camisa azul-grená, e conquistou a maravilhosa
torcida do Galatasaray, que viveu seus melhores momentos com o maestro romeno até 2001, quando pendurou as chuteiras.
Hagi
deixou o Galatasaray com um tetracampeonato nacional, bicampeonato da Copa da Turquia, uma Supercopa da Europa e uma Copa
da Uefa. De tão marcante que foi, acabou promovido a treinador tempos depois. Mas seu maior brilho fora muito antes.
Destaque
absoluto na Copa do Mundo de 94, nos Estados Unidos, Hagi viveu naquele mês o apogeu de sua carreira, bem como a seleção romena,
que fez a sua melhor campanha em mundiais. Os tricolores só caíram nas quartas-de-final, contra a Suécia, nos pênaltis, depois
de vencer o Grupo A e mandar a Argentina de Maradona para casa nas oitavas. O apelido de “Maradona dos Cárpatos”
se justificara.
Se o futebol bonito e de toque de bola, hoje, faz parte do DNA da camisa amarela da Romênia, grande
parte desse mérito se deve a Gheorghe Hagi. Um imortal na galeria do esporte bretão.
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